O verdadeiro Cachorro Mestiço.
Era uma vez
Um cachorro branco e pequeno. Mancha marrom no rabo. Latido característico. Mimoso. Adorava um carinho. Aventureiro. Desbravador. Pai de centenas. Avô de milhares. Dormia num balcão. Comia uma dieta secreta, com ingredientes secretos, feita em segredo. Sentia cheiros que vinham de longe. Ouvia os mais silenciosos animais. Saía. Brigava. Voltava aos pedaços, incompleto. Recuperava-se em uma semana. Wolverine. Foi aluno. Foi professor. Foi fiel. Gostava da vida. E assim se passaram anos... 3 anos... 7 anos... 14 anos... 20 anos... Decidiu que não iria morrer. ... Mas envelheceu... O pelo ficou mais branco. O latino mais baixo. Ficava mais tempo parado. Saía menos. Comia menos. Não brigava mais. ... Continuava fiel... Um dia, quando a casa estava menos movimentada, parou e pensou na vida. Admirou a beleza e a calmaria do local que o fez refletir tantas vezes. Andou pelo terreno. Marcou pela última vez seus territórios. Comeu seus capins. Conversou com os novatos. Saiu para caminhar. E caminhou. E sumiu no horizonte. E não voltou. Uns dizem que ele veio a falecer. Talvez... Mas ninguém nunca viu o corpo. Outros dizem que ele está mais vivo que nunca. Que o vira-lata se utilizou do poder de cura para rejuvenecer, e viver mais aventuras. E que está por aí, vivendo no mato. Não sei. Mas todos concordam num ponto: o velho jedi soube deixar uma mensagem muito importante: "Au! Au! Au!" <"O quanto a vida é maravilhosa!">.
Fim.